O PROGRAMA CLUBE DO POVO, ESTÁ PARABENIZANDO A DONA LÚCIA MORAES QUE MORA NA MAIOBINHA E ESTÁ APAGANDO AS VELINHAS POR CONTA DOS SEUS... ANOS (NÃO ME ATREVO A DIZER A SUA IDADE rsrsrsrsssss) /// A FAMÍLIA ESTÁ FELIZ, E NÓS TAMBÉM /// PARABÉNS DONA LÚCIA NOS A AMAMOS MUITO E DESEJAMOS MUITOS ANOS DE VIDA, ALEGRIA, E CONTINUE FAZENDO AMIGOS ASSIM COMO NÓS DO CLUBE DO POVO /// AAAAHH!!! E SEMPRE SERÁ BENVINDA AO NOSSO PROGRAMA. /// ELA ESTARÁ RECEBENDO SEUS AMIGOS, FILHOS  E PARENTES NA SUA CASA NO DOMINGO /// COM CERTEZA NOS DO CLUBE DO POVO ESTAREMOS LÁ ///

UMA DAS NARRAÇÕES MAIS INCRÍVEIS DO NOSSO FOLCLORE SOBRE O ALTO DO BUMBA-MEU-BOI.

O BUMBA-MEU-BOI - ''SOTAQUE DA MADRE-DEUS /// ANO - 1971 '' 

Este é o primeiro registro fonográfico do ''Bumba-Meu-Boi do Maranhão. Afinal estão seus ''pandeiros'', suas matracas, seus tambores onças. Nada acrescentamos ou omitimos com mêdo de, com nossos sofisticados  requintes, violentar sua pureza. Aquí está, portanto, a ''brincadeira'' - intacta, inocente, inalterada, virgem.O ''Boi'' do Maranhão é uma expressão primitiva de teatro, representandosempre na rua no período das festa juninas. Tem um enrêdo. Conta-se uma história. Por isso ele difere de toda outra manifestação, no Brasil aparentemente similar. A história é inocente. Uma história comum. É a história do boi furtado ao ''Amo'' pelo ''Pai Francisco - Cazumbá'', para satisfazer a vontade de sua mulher,  Mãe Catarina'', que grávida, ''deseja'' comer a língua do boi. É o cómico  desespêrode Cazumbá ante o mêdo da espôsa frustrada em seu desejo. É a caricata da Mãe Catarina (personagem mudo). E a seriedade , a dura e real seriedade, do Amo negado boi. É Pai Francisco furtando o novilho. É a procura. É o indio astuto, recuperando o animal não encontrado pelos vaqueiros (recuperando o boi doente). Surge, então, a necessidade do doutor para cura-lo, para fazê-lo urrar. No urro do boi concentram-se as esperanças e a festa pende e depende do urro. O boi, curado, urra enfim:  ''Urrou, urrou - urrou que ouvi ! - Boi mais lindo - eu nunca ví!''  Pai Francisco pede desculpas e é entendido. (Ah! essa bondade que não se esconde nas coisas do Maranhão!). Todos felizes a festa começa. Aí improvisam versos e saudades. Ai a cachaça corre solta que ninguém quer ''encher o cofo com água''. Eo boi do Maranhão se torna poesia. Os poetas da ilha falam das coisas  perdidas no passado e reencontrados na tradição, na história e, se bem procuradas, nas vielas da Madre Deus ou do Destêrro. Talvez, se houver sorte, o poassado  subirá uma ladeira qualquer(do comércio, do convento, ou do quebra bunda) e explodirá  no presente com toda a força de um povo que conseguiu sobrepujarao asfalto e impor a hidroelétrica suas tradições suas lembranças.O DISCO Este é o Boi da Madre Deus: ''sotaque'' da ilha. Sotaque é estilo do boi. Em São luís tem cinco sotaques diferentes estão em algumas roupas, no ritmo e nos instrumentos.  Nunca na história, o enrêdo é sempre o mesmo, embora o texto varie de ''rebanho para rebanho''. Neste disco registramos a ''matança''. ''Matança'', onde por incrivel que pareça não morre ninguém, é a representação da história. Essa representação da história. Essa representação é sempre, feitaatendendo a convites (numerosos) para ''fazer a brincadeira já na porta de casa''. O autor propriamente dito, começa longe de onde vai ser representado: cantam, a meia distância do destino, o "Guarnecer'' (faixa 1). O guarnicer é o reunir, o arrumar. Depois de guarnecer cantam o ''Lá vai" (faixa 2) que é a toada com que avisam (não se sabe se aos que vão ou se aos que esperam) que o ''cordão'' já começou a andar no ''rumo certo''. Chegados ao local a Amo dá mostras de seus dons de poetas, improvisando toadas de louvor ao dono da casa neste disco o ''louvor'' é às emissoras de rádio, (faixa 3). Começa, após isso, então a matança (faixa 4): Cazumbá interrompe a primeira toada para tratar sobre a compra do boi. O Amo nega-lhe venda. Recomeça o canto. Pai Francisco - Cazumbá  aproveita e furta o boi (apenas movimentação). Descobrem o desaparecimento do novilho e os homens, a mando do Amo saem "em busca de referências". Os vaqueiros retornam de mãos vazias. Trazem no entanto"o rapaz " com algumas informações. De posse delas procuram, encontram e interpelam o cazumbá.  Este mostra-se "valente e convencido". Nega-se a acompanhar os vaqueiros e demonstra um certo respeito aos "caboclos reais". Em vista disso, os caboclos reais são convocados. Quando sabedores da questão se dispõem a prender o Pai Francisco. Prendem-no de fato. Recuperam o boi (doente) e retornam trazendo Cazumbá que ainda tenta questiionar com o amo. Irritado com o estado do boi, este exige que Pai Francisco chame e pegue o veterinário. O vaqueiro traz o doutor  e dá ciência  disto ao amo. Enquanto o doutor trabalha, Cazumbá faz graça tentando abrandar os ânimos acirrados contra ele. Neste momento o boi urra e isso ajuda-o em suas pretenções: todos ficam felizes. Cantam o "urrou" e a representação termina dando início à festa feita à base de improvisos e toadas consagradas (última faixa). Aí, até de manhã que boi que se preza não volta ao rebanho antes do sol de fora, batem matraca, bebem cachaça (de repucho: bate comigo no chão, bato contigo no bucho), dançam, cantam, e transnitem sua imensa boa vontade tão bem retratada neste início de toada: ''levanta cabôclo, acreditando no Brasil". 

O ETERNO LAURENTINO

FESTAS JUNINAS:

 O BUMBA-MEU-BOI ATRAVESSA OS TEMPOS

O famoso cantador vimarense Laurentino

(Texto de Carlos de Lima, historiador maranhense)

“Há quem pretenda filiá-lo ao boi Ápis. Conversa, o boi é nosso. E aqui do Norte. Síntese bonita de três raças tristes (pseudamente tristes): a indumentária do branco, o atabaque do negro, a coreografia indígena. Bumba-meu boi que se preza têm três coisas boas: um “couro” rico, um "Chico" espritado e um batuque firme. E um cantador de peso. Este não entrou na conta porque sem ele um boi não vale nada”. O boi de zabumba é mais África. Apoia-se inteiramente nos tantãs enormes que, enfiados numa vara, dois latagões tisnados carregam nos ombros; um terceiro, o músico, vai de lado, batendo-lhe com a maceta, resoluto. O ritmo é diferente, mais lento, chamando senzalas e mocambos, num compasso de soca-pilão. Em 1923, pelas festas do Centenário da Independência do Maranhão, relata “Seu Misico” (Hemetério Raimundo Cardoso), estivador marítimo aposentado, “o boi ‘Deus é Quem Sabe’ veio de Guimarães pra São Luís. Evaristo, do Damásio, cantava bonito”:

“O Maranhão tá ficando alinhado

já diversos bangalô que tenho diferençado,

a Rio-Anil, Pernambucana,

fazenda tem buzinado

mas aí tem uma coisa

que vai nos atrapalhá:

algodão já tá baixando,

farinha não qué baixá...”


 Escrito por NONATO BRITO às 11h03
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DOMINGUEIRA CULTURAL CLUBE DO POVO NO RESTAURANTE PALADAR ESTÁ BOMBANDO

GALVÃO (BOI DE JUÇATUBA) & GARRAFINHA

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